de cerâmicas azulejos e privadas
que o ponto de partida é acreditar
então eu tô
fudido
coração cheio de dúvidas mais pesado
que um lutador de sumô nas férias
estou desempregado numa cidade nova e nenhum
poema abriu uma porta de emprego nem
bateu um prego numa barra de sabão
nenhuma mágoa, a vida é coice no queixo
e eu deixo algumas moedas de sorte
no concurso que farei para coveiro
ou isto ou fazer renda num táxi alugado pela madrugada
ou o sol quente debaixo do qual irei rasgar poemas
e perambular de bicicleta vendendo água
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