quinta-feira, 26 de junho de 2008

anotação número 1

o tempo escorrendo como uma noite doce, meu bem. meu olhos reclamam a noite e o lugar, falam do hotel perdido no tempo: feito o sono: o coice da lembrança mais distante.

fiquei com esses versos na cabeça, desde ontem - não sei muito bem o que isso significa, ontem é muito longe daqui. eu apenas lembro que ouvia os irmãos tranquilos, os que cantam suavemente:
os irmãos soltavam balões. eu ouvia esse pássaro melancólico e escrevia numa só respiração.

poucos dias têm sido assim, penso.
escrevo bem pouco, como se fosse o velho chinês com sono, subindo montanhas.

não tenho me alimentado.

preciso de um gravador, comprar fitas k-7.
preciso organizar isso tudo.

3 comentários:

DIZDIZENDO disse...

Moço, gostei daqui!!!
Leve e denso, como pode?

Anônimo disse...

bonito isso!

Anônimo disse...

Eu gosto de escrever numa só inspiração. De certa forma tudo vem de uma só inspiração, né?
Eu gosto de ler os meus textos de uma só inspiração, por pensar que as pessoas não vão entender. Eu deixo que elas leiam, mas gosto de ler depois, explicando tudo... como uma professora de literatura lê um poema e explica todo ele.
É legal. Cria-se um tipo de pseudo debate... um papo sobre o texto... melhor dizendo. (Acho que coube melhor assim.)
Eu gostei do que li.
É bom ler coisas de pessoas com as quais se pode bater um papo sobre o texto. Saber o que realmente queria dizer aquilo, tentar sentir da mesma forma, mas sem reprimir o que se sente por si só, claro.

As vezes eu penso que eu falo muito e, nunca sei se isso é bom ou ruin.

Hehehe

:)