segunda-feira, 1 de março de 2010



















ela me disse: desmantelado.

e logo me vi
como um inseto verde e gigante
voando sem direção numa floresta tropical.

e logo me vi
como um personagem de um conto
do velho buk: copo de uísque
na mão e a viagem de ácido
na cabeça. procurando numa pilha
de papéis um poema anotado
na noite anterior no interior terno
do quarto desfigurado.

desmantelado:
o pensamento perambulando por paisagens
incineradas. a risada diante do agente
cartesiano. o cotidiano transfigurado
numa fábula fantástica. a enigmática
equação do comportamento íntimo.

desmantelado: eu estarei por aí
na vertigem da questão: a verei do meu lado?

Nenhum comentário: