segunda-feira, 29 de abril de 2013

magnetismo animal

palavras, palavras, palavras.
que eu fuja deste mar e o ar
se tornará mais leve, breve
instante antes da subida.

giramos pela noite com o fogo
roendo nossos calcanhares.

há uma ponte cuja aparição depende
do silêncio e do cio e se estende numa
terra sem perguntas, sem respostas,
amparada nas costas de uma imensa
tartaruga erótica.

confusão sexual & estômago, cabelos
bagunçados pelo vento e pelo tempo.
estar perto, dentro da polpa da fruta,
boca aberta como gruta de aventuras.

afasia, respiração ofegante, nervosa.
a dança que a loba inventa e invade
as florestas mais verdes, conexões
e notícias do pensamento alagado
do sangue doce da tempestade.

olhar sincero, vísceras e vícios
na ponta da língua, deserto
donde surgem as sementes
que germinam dentro
de nossos umbigos.

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