em silêncio, como
se fôssemos desconhecidos.
mas, então, a voz dela
em meus ouvidos:
tudo bom?
tudo bem, eu disse.
mas queria contar
uma piada para
que ela risse
e assim eu visse
o sorriso dela.
(sutil detalhe que a deixa
ainda mais bela)
em silêncio, novamente.
mundo estranho, animais
enterrados nos umbigos.
há vários futuros, possíveis,
de muitos tamanhos, artimanhas,
diversas manhãs. num amanhecer
ela sorri e está junto de mim.
noutros sequer há retratos.
apenas os tragos num quarto
escuro, cheirando a vinho:
o que não voa no ninho.
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