sexta-feira, 28 de junho de 2013

em silêncio, como
se fôssemos desconhecidos.
mas, então, a voz dela
em meus ouvidos:

tudo bom?
tudo bem, eu disse.

mas queria contar
uma piada para
que ela risse
e assim eu visse
o sorriso dela.

(sutil detalhe que a deixa
ainda mais bela)

em silêncio, novamente.
mundo estranho, animais
enterrados nos umbigos.

há vários futuros, possíveis,
de muitos tamanhos, artimanhas,
diversas manhãs. num amanhecer
ela sorri e está junto de mim.

noutros sequer há retratos.
apenas os tragos num quarto
escuro, cheirando a vinho:
o que não voa no ninho.

Nenhum comentário: