terça-feira, 4 de junho de 2013

furacões passeando pelo ferro-velho,
rinocerontes bêbados de vinho tinto,
diamantes largados nas calçadas
por dias e dias e dias até serem
varridos pela chuva para o esgoto.

os filhos do ciclope bebendo chope
na esquina do jardim das delícias.

pianos, sanfonas, águias velozes
rompendo as couraças e as barrigas
das cidades fantasmas do amor.

uma guitarra na fogueira, moedas
voando, mancos pedindo cigarro
para todos os faróis dos carros.

sangue das vacas nas ruas de lama,
pombos pensativos, vitrolas vazias
do velho e gordo sol, sombras das
potências escondidas no grão, no
grou, no guru com gengivas azuis.

Nenhum comentário: