inspira e respira, maninha,
andando para lá e para cá.
oxigênio e movimento
são levitações.
equilibra a fome de afago
sem apego, exercita o amor
entre as devastações do incêndio
e as águas calmas que excitam as almas.
grita nos ritos das grutas e das ruas,
rodando no samba das sombras.
maninha, tira cochilos na morada divina
e, ao acordar, não acompanhe a caravana
de pessoas tristes, mas cante e ame.
conseguir é seguir, maninha, com raízes
e sonhos na terra entre ervas daninhas:
a felicidade possível é uma benção,
invenção para muitas noites e dias.
delírios são flores, maninha,
no útero azul do futuro.
nossa respiração
salta o muro.
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