sábado, 3 de fevereiro de 2007




!vai dormir vagabundo!


# e entre um copo e outro de vinho ficava me girando pra saber mais.e caminhando um pouco além

nas explosões daquele vagalume-que-circula-nas-mãos redesenhava os lugares da cabeça. sabe aquela risada? não me controlava, era impossível: o perder-a-vista na praia, o vento no rosto e um assombro de idéias rápidas na mente. um dia desses ainda mergulho e fico num universo singular, paralelo a tudo, inclusive a mim. de triste só não ter força pra escrever quando me vem esse espírito-matéria. de esperança usar essa orgia-transcendente-imanente esse fruto-da-terra-dos-não-deuses como vetor pra minhas fogueiras. essa imensa gargalhada vai dando lugar a um sorriso lento (fosse assim perene). e dentro de mim, ainda o incêndio de avatares e coisas comuns a dança surreal de engolir a noite, apagando as palavras. diabo de não resistir ao silêncio e ao descanso mítico que esse pássaro me proporciona! desço ao sono, me entregando aos braços de dioniso e às pernas de gaia. me recolho ao útero-de-sempre, pra nascer pela manhã pronto pra sonhar de novo, sem o rosto sério e o relógio adiantado do des-trabalho mundano. assim vou, dormindo pra levar a vida: um leve rio de mim.

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