domingo, 4 de março de 2007


Cometas atravessam meu cérebro e as horas me consomem como o fogo de tua pele. Uma multidão destrói meu jardim e eu invento um raio para me refugiar. A tua canção faz sombra e meus ombros te carregam por aí. A lua morta é uma pele sobre o oceano e você me entende. Eu escrevo sobre pássaros e mulheres e o tumulto me desperta com uma bebida velha. O tempo fica preso no olho do cachorro que atravessa a rua sem medo. Essa calma me atinge e tua boca revira meus ossos. Eu não esqueço a voz das esquinas e os sapatos sabem que são insignificantes.


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