domingo, 20 de maio de 2007

e perco horas com o silêncio.

e penso que sonhar é pouco.

como estender as asas para ir se deitar no horizonte?

acho que esqueci o rosto de minha infância.

(as fotografias espalhadas sobre a mesa não falam de mim

suas luzes acusam outro universo

imagino que se trate de antimatéria)

as longas noites como abismo passam se não pouso os pés.

(que disse? me reviro sobre a cama e mergulho no outro de mim)

vou deixar as palavras entre os lírios para que o sol as alimente

dentro da alma que irei inventar agora.

Bum!

não me esperem (eu digo isso pra mim).

--- correr, correr, correr

vai, menino!

é preciso perder o medo do acaso

do sorriso e da garganta do futuro

(entro em espelhos, meus olhos se tingem de segredos

comungados por sussurros. desejo que me escutem)

pular para (...)

# estar-no-mundo

3 comentários:

Rodrigo Almeida disse...

Muito bom. E algumas das palavras que você usou são bem recorrentes, no que costumo escrever. Gosto muito dessas palavras. Acho que chego a ser repetitivo, aí quando outra pessoa as usam também, fico com menos peso na consciência. São palavras bonitas e ponto.

=]

Venus in Furs disse...

Bem-vindo ao clube.

josé juva disse...

acho que escrevemos sempre os mesmos poenas, contos. são as mesmas palavras, os mesmo demônios. só acrecentamos pouco de cada vez, uma voz, um tom, um silêncio. repetimos palavras como gostamos de cores. azul e verde.