sábado, 23 de junho de 2007

ai tupi or not. eu sou um garoto. até amanhã. quero gritos, o sexo esquisito contra a fé no amanhã. eu não me espero até amanhã. o que faço, como volta, o que faço, como volta. o garoto gordo me espera do outro lado com seus dentes abertos, loucos, seus dentes, sua raiva. as pernas falam, passam sobre o tempo. ou dançam. as pernas dançam. um terror. as pernas dançam. mas eu grito. eu grito. acredito nos ossos. só sei que os olhos sabem do que se esconde. se estiver sozinho eu não falo nomes. o a. o aaaa. o aa aa aaa a a. eu preciso de mais tempo. você se recompõe com os seus amigos. é possuído que vou loonge. se escurece eu quero tudo. a garganta. o túmulo. a queda. o escárnio. o que foge. o que brilha. o que diz que eu não passo. que eu não prendo. que eu não prenso as coisas. que se fazem contra o tédio. eu não sei do tédio. tudo gira. tudo gira. quando as palavras serão ossos. pergunta. é preciso criarmos o dissenso. serei uma maça podre. a margem. podemos mudar de assunto? a pergunta. o sinal. o sinal que fala da pergunta. esse silêncio. exatamente. o que se faz com o ódio. o que se faz. eu me perco. os dedos. o que escapa. aperto esc. esc. esc. esc. correr é uma coisa de não se desaprender. o que se faz, corre. eu sei. o susto que tomo eu tomo. o que escapa. como um assassino. o que se diz das palavras. o que as palavras. se me seguem como um ramo. como o sol. como os olhos. se movem com o que se quebra. eu preciso de rochas. como o que se quebra e desfaz. virá. contra a palavra. o que parte. o que é um sim. é tudo muito real. eu não aprendo a só perceber. se encolher num vôo é quase voltar pra parar. o salto. o susto. o sussuro. é como brincamos de rir. e ficar louco. ficar louco é tão absurdo. absurdo e comum. o que faz sorrir quando escrevo. o que não escrevo e fica só até onde vou sorrir. fica comigo. esta noite ela fica comigo. a palavra. a segurança da boca contra o abismo de existir. fora. no espaço no e s s s pa aaaa a a ço. o que voa. fora. dentro do longe. habitar o longe. o que se esconde no horizonte da boca. digo sim. falo das coisas que se vê no céu. tudo é real. às vezes até o meu pensamento. como um grande sim. destava. eu páro. posso por abaixo tudo que digo. o que sobra. o que fica na senda, o que o incêndio fabrica. segue. o que é caminho. eu tenho medo das ruas. não tenho medo das ruas. eu tenho medo das ruas como eu não tenho medo das ruas. a dor. o que penetra. fere. faz. fica. fixa. foice. vértice. desenho. mão. tudo a mão alcança. tudo que não pensa. isso é muito feio. isso aí. isso. você já saiu com isso. eu corro. eu corro. eu invento e toco fogo. eu destruo contra meus braços. eu distraio o tempo. invento sombra e pernas. você vê tudo que está atrás de você. geração. não tenho geração. eu estou só. e é tempo de estar só. eu me mexo. deslizo e caio no ar. passo as férias. dentro. mergulho. sou todo política. investigo. como um trilho. eu gosto de você como um trilho que sempre está lá. eu vou passar por aí. pisarei por aí. neles. neles. neles. eu durmo depois de você e sei do que fala. o sono. essa guitarra líquida. essa vértebra. o que como. que costuma cair. criar. cia. o cio. o ócio e a revolução. o que a boca alcança. só acredito em revoluções que alcanço com a boca. estou quente. e nas ruas. estou quente e não descanso nas sombras. passo férias na coluna. me dispenso. o poente. o presente é só um passo. um além de si. algo assim. o que cresce. o presente é o caroço. o grão. o que cai. a a queda. do alto. e rápido. como se o rio descesse sobre tuas colunas e não te despedassassem mas só te levassem por aí. uma viagem. o que se diz pra domingo. eu corro pela cidade pra comprar flores. eu não compro flores à tarde. a noite tem coxas e a pele está lisa como o céu. esse azul. azul estúpido. sem direção. um azul sem direção. é exatamente isso que não gosto. um azul sem direção.

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