segunda-feira, 30 de julho de 2007

é engraçado como ainda vejo teu corpo ao meu lado. eu guardo comigo esse teu

rosto acordando e a minha mão sobre tua pele. eu te carrego comigo. você parece

uma profecia estranhamente embriagada e eu me cubro de uma fé despretensiosa e de

afeto. eu não crio abismos pra te assustar. canto o teu nome baixinho pra dizer

que sou eu que te afago e falo teu nome. e isso eu não sei dizer sem milagres.

você ri e fica um pouco longe. mas eu sei que você me entende. você segura minha

mão e olha o meu antebraço. somos esse início. a abertura. um rasgão na aurora.

algo bonito e doce como os sons dessa casa. você já sabe meu nome mas ainda não

viu a chuva comigo. então vem e fica perto. vamos amanhecer. adormecer. com a voz

descansando no rosto do outro. nesse quase-silêncio nosso. sem nome. ainda

estranhos mas alegres. e saindo como o sol e o brilho da lua. um caminho que

desenho no antebraço. pra você vir ver de novo. e de novo. como a chuva que

cai agora sobre mim.

Um comentário:

Laíse Queiroz disse...

bonito belo beleza