segunda-feira, 23 de julho de 2007

escondido. ou escancarado como uma chaga. uma chama. ou esse abismo que somos nós

e que é todo mundo. somos nós nosso mundo. e nos abrimos e mentimos. somos

estranhos e únicos. estamos escondidos. um dentro do outro. debaixo da pele. no

mais azul do osso. e os teus cabelos. engraçados e negros. e sinceros como o

sorriso estranho e azul, dos abismos. sinceros como coisa escrita. como coisa

vivida por acaso e vontade. essa ficção noturna. embriagada. dois corpos são dois

abismos e trezentos desconhecidos no peito. eu estou no teu silêncio e você afaga

meu tempo. estamos aqui. fora desse frio e na aurora do entre, o diálogo, a

fronteira, a conversa, esse entre-deux, entre-dois, isso nosso. e inventado como

nossos nomes e nosso futuro. e essa música baixinha e a manhã. estamos aqui e

depois. expandidos. mergulhados no outro. e no silêncio. e no azul de todo sonho.

em expansão. recriando o mar e nossos nomes. eu me chamo x. qual teu nome?

posso ler tua pele? os sinais, o afeto. esse nosso útero.

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