terça-feira, 7 de agosto de 2007

fale comigo a linguagem do amor e de seu sangue. me dê sua alma e deixe eu entrar

em sua casa. sou um senhor em seu mundo. essa queda ligeira. fale comigo. eu

tenho o vermelho pra nossas roupas. fale comigo a linguagem desesperada e o

delírio. como um sino. e as mãos agressivas que se repetem. eu vou te balançar

como o sino vermelho e como as roupas no varal. eu fico olhando você tomando um

choque e penso que você está seguindo o universo e vem falar comigo essas

sendas que só nós conhecemos. eu sonho o universo te fabricando e você fala

comigo sobre o que vê. e os momentos em que você cheira a garganta doce do

futuro. como um rio dentro do peito. aceso como esse olhar e essa linguagem. eu

te levo pra dançar com o universo e escrevo as canções desta noite. eu apenas sei

que você se move lentamente e não se envergonha e não vai embora. como esse sonho

saindo do que o universo pensa sobre mim. um filme nonsense sobre nós e sobre

como o escuro cobre as coisas sobre mim. e uma chuva. essa chuva que fala comigo

em tua linguagem. olhando os flashes que você projeta. e os pássaros. essas

gotas.

Nenhum comentário: