fale comigo a linguagem do amor e de seu sangue. me dê sua alma e deixe eu entrar
em sua casa. sou um senhor em seu mundo. essa queda ligeira. fale comigo. eu
tenho o vermelho pra nossas roupas. fale comigo a linguagem desesperada e o
delírio. como um sino. e as mãos agressivas que se repetem. eu vou te balançar
como o sino vermelho e como as roupas no varal. eu fico olhando você tomando um
choque e penso que você está seguindo o universo e vem falar comigo essas
sendas que só nós conhecemos. eu sonho o universo te fabricando e você fala
comigo sobre o que vê. e os momentos em que você cheira a garganta doce do
futuro. como um rio dentro do peito. aceso como esse olhar e essa linguagem. eu
te levo pra dançar com o universo e escrevo as canções desta noite. eu apenas sei
que você se move lentamente e não se envergonha e não vai embora. como esse sonho
saindo do que o universo pensa sobre mim. um filme nonsense sobre nós e sobre
como o escuro cobre as coisas sobre mim. e uma chuva. essa chuva que fala comigo
em tua linguagem. olhando os flashes que você projeta. e os pássaros. essas
gotas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário