quinta-feira, 12 de junho de 2008

o velho renascendo
com seus dentes cheios de tédio e raiva
(a agressão delirante de um dia qualquer).

a noite suja dentro da cabeça
rodando rodando rodando rodando

pessoas caindo
sobre o asfalto
de ontem

os carros atropelando
os sonhos mais simples

a vida seguindo
cometas absurdos na pele
do tempo

meus dedos
tocando sóis distantes

cheiro e calor, fúria dormente
da estrada.

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