terça-feira, 14 de agosto de 2007

meus ossos crescem e eu
fico velho. essa barba
esse rosto essa pele tudo
está dançando dentro da gravidade.

a palavra rio está gasta
como a garganta.

invento os sóis dessa hora
como se fosse um novo ano
e eu continuasse caminhando
pelas ruas de minha vertigem.

longos pássaros pousam
em meus olhos.

o espelho e o escuro
se trancam
nos bolsos de minha mente.

renovo
os segredos da infância
e escondo num livro

meu corpo
essa fuga abençoada
o vôo

e todos os soluços.

2 comentários:

natália disse...

os anos passam..pois é!!
e tudo fica tão assim..

Gell disse...

isso é sensibilidade transbordando menino verde, chega a arrepiar! ^^